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Preso por suspeita de tráfico de drogas em operação no interior de SP usava foto de Pablo Escobar em perfil de rede social

Operação Chibarrada, deflagrada pela PF e pelo Gaeco, prendeu seis pessoas suspeitas de movimentar R$ 4,6 milhões. Líder do esquema foi encontrado nesta ter...

Preso por suspeita de tráfico de drogas em operação no interior de SP usava foto de Pablo Escobar em perfil de rede social
Preso por suspeita de tráfico de drogas em operação no interior de SP usava foto de Pablo Escobar em perfil de rede social (Foto: Reprodução)

Operação Chibarrada, deflagrada pela PF e pelo Gaeco, prendeu seis pessoas suspeitas de movimentar R$ 4,6 milhões. Líder do esquema foi encontrado nesta terça-feira (10) com R$ 500 mil em espécie. Suspeitos comandavam tráfico em Monte Alto de apartamentos em Ribeirão Preto Um dos suspeitos presos pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (10) por suspeita de tráfico de drogas em Monte Alto (SP) usava fotos do narcotraficante colombiano Pablo Escobar no perfil de uma rede social. Em uma das imagens usadas por Mikael Destefano Ferreira, Escobar está sentando em um trono de pilhas de dinheiro enquanto segura duas armas. O colombiano é considerado um dos maiores criminosos da história. Fundador do cartel de Medellín nos anos 1980, ele atuou em sequestros e assassinatos e chegou a ser apontado como um dos homens mais ricos do mundo devido ao envolvimento com o tráfico de cocaína. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Preso em operação da PF e do Gaeco, Mikael Destefano Ferreira usava foto de Pablo Escobar em perfil de rede social Reprodução A operação Chibarrada foi deflagrada pela Polícia Federal junto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP). A Justiça determinou o bloqueio de bens e das contas bancárias dos investigados. Ao todo, seis pessoas, entre elas o líder da organização, foram presas temporariamente em Monte Alto e em Ribeirão Preto (SP) e outras duas são consideradas foragidas. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos dois municípios, em Matão (SP) e em Fortaleza (CE). O grupo deve responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, ultrapassam 35 anos de prisão. Preso em operação da PF e do Gaeco, Mikael Destefano Ferreira usava foto de Pablo Escobar em perfil de rede social Reprodução Organização criminosa para o tráfico As investigações apontam que a quadrilha movimentou cerca de R$ 4,6 milhões em menos de dois anos. Segundo a apuração do Gaeco e da PF, Alexandre Henrique Rodrigues, conhecido como Bodinho, era investigado desde o começo de 2023, e, inicialmente, foi apontado como o líder do grupo. Ele teria assumido o posto de outro traficante que comandava o crime na região de Ribeirão Preto, mas que acabou preso em uma operação em 2022 no Norte do país. O apelido dele deu origem ao nome da operação batizada de "Chibarrada", que significa rebanho de caprinos. Bodinho foi preso nesta terça-feira. Com o avanço das investigações, o Ministério Público descobriu que Bodinho era uma espécie de sub-gerente do líder apontado como Willian Carlos da Silva, que também foi preso nesta terça-feira. Com ele, foram apreendidos cerca de R$ 500 mil em espécie. "Essa investigação começou com uma figura central, depois percebeu que tinha uma ascendência. Não era mais o líder, o líder estava acima dele, que foi preso hoje com essa dinheirama, que representa a hierarquia dele. Uma investigação que detectou uma estrutura criminosa voltada para o tráfico de drogas com lideranças baseadas em Ribeirão Preto e atividades em Monte Alto e região", disse o promotor do Gaeco, Frederico de Camargo. Líder de grupo alvo da PF e Gaeco por tráfico de drogas foi preso com meio milhão de reais em dinheiro em Ribeirão Preto Polícia Federal Consta nos documentos do caso que Willian cuidava do transporte e do armazenamento dos entorpecentes. Ele mantinha contato com fornecedores e efetivava as vendas a compradores de outras cidades da região. Após a aquisição da droga, ele destinava parte dela para "lojas" em Monte Alto e outra parte a traficantes menores. “Em Monte Alto, eles tinham uma estrutura de subalternos, funcionários e gerentes desde quem fazia a logística, que chamamos de freteiro, até aquele que fazia a contabilidade e a ponta do varejo, que vendia nas tais lojas, pontos de revenda”, afirma o promotor. O Gaeco e a PF identificaram aberturas de contas bancárias com uso de documento falso, movimentação de dinheiro em espécie, ação comum na lavagem de dinheiro, registro de bens em nomes de terceiros e contas em nomes de laranjas. De acordo com a investigação, a participação de Alexandre "Bodinho" era a de fornecer contas bancárias para Willian. Ele fazia a movimentação e pagava contas relacionadas à venda de drogas. Da esquerda para a direita, Mikael Destefano Ferreira, Alexandre 'Bodinho' Henrique Rodrigues, Willian Carlos da Silva e Tiego Braian Martins Santana, presos na Operação Chibarrada Reprodução Mikael Destefano Ferreira é apontado pela investigação como o responsável pela contabilidade e pelo abastecimento da droga. Já Tiego Braian Martins Santana cuidava do transporte da droga e da coleta do dinheiro movimentado. “A lavagem de dinheiro ficou evidente com a apreensão do dinheiro em espécie, porque o dinheiro é oriundo do tráfico de drogas e eles teriam que arrumar uma forma desse dinheiro ser inserido de uma forma aparentemente legal, como imóveis e veículos”, diz o promotor. Ainda de acordo com Camargo, a liderança da organização levava uma vida incompatível com as rendas informadas às autoridades. Durante o cumprimento dos mandados, carros também foram apreendidos. Os celulares apreendidos com os investigados serão analisados e podem apontar à PF e ao Gaeco a participação de mais pessoas no esquema. Prisão de investigado pela Operação Chibarrada em Ribeirão Preto, SP Divulgação O que dizem as defesas Procurado, o advogado Telles Rodrigo Gonçalves, que defende Willian Carlos da Silva, disse que a inocência do cliente será provada durante o processo. As defesas de Alexandre Henrique Rodrigues e Mikael Destefano Ferreira não foram localizadas para comentar o assunto até a publicação desta matéria. A defesa de Tiego informou que não teve acesso integral às investigações, mas a inocência dele também será provada. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região